No caminho da
rede pra justificar a preguiça
Agora que o
Brasil já está no chão, feito uma sapoti bem madurinha e do chão ninguém passa,
eu imagino como é que não deve estar se sentindo a presidente Dilma Rousseff
com toda essa situação de seu governo, a cada hora que passa apanhando da
Câmara dos Deputados que nem cachorro que mora em apartamento e vendo se
fechar em todas as chances de uma recuperação a médio prazo da economia.
O Brasil,
como diria o Paulo Eudes Carneiro, sinceramente,
está numa tremenda enrascada. Me lembro de uma história infantil de quando
criança ter ouvido de minha primeira professora, em que um elefante morre e depois
é carregado pra dentro de um buraco por uma multidão de formigas. E todas elas,
puxadas pelas mais briguentas, reacionárias, xiitas, tendo à frente as líderas vão levando cartazes da CUT, da
CGT e Força Sindical e vão tomando o rumo do buraco e sem ao menos saberem como
vão colocar aquele monstro imenso lá dentro.
É dessa
forma que se encontra a atual situação do partido da presidente Dilma Rousseff.
Feito as formigas da fábula, famintas, ambiciosas, os olhos maiores que a boca levaram
pra dentro do buraco aquele paquiderme imenso porque sabem que terão alimento
suficiente por um bom tempo e por várias e várias gerações. E quando terminarem
de comer aquela carne toda, a pele e os ossos, as formigas, tidas e havidas como
exímias trabalhadoras vão sair de novo à procura de mais uma vítima, de
preferência com a mesma consistência e tamanho do elefante.
Mas eu de
tanto falar em sapotis maduras e de formigas acabei saindo um pouco do
caminho. Do jeito que está o Brasil e
sua presidente com a intenção de um ajuste fiscal de lascar e que a cada hora a
gente vai sentindo o laço no pescoço apertando, imagino que têm muitos
governadores e prefeitos que estão procurando um muro e se encostando no atual
momento de dificuldades pra justificarem moleza e incompetência.
Porque
foram governadores e prefeitos agora nos cargos que, acreditavam que a coisa
iria ser uma maravilha. Não tinham como titulares, no caso dos que tentavam a reeleição, iniciativas. Trabalhavam única e exclusivamente
com recursos e os programas desenvolvidos pelo Governo Federal. Nunca iriam
imaginar que a roda iria girar em sentido contrário. E aqueles que estavam
tentando as urnas na esperança de levarem de certa forma uma pontinha aqui e
outra ali. Esses estão arrenegando o pau da porteira.
É a tal
história do sujeito que não pode ver uma rede armada, limpa e cheirosa e já pula
dentro de olhos fechados. Serão muitos e muitos os governadores e prefeitos que
vão colocar a culpa na crise pra justificar não poderem fazer ou tocar obras.
Por aí a gente tira o tipo de executivo que vem dirigir uma empresa. Porque
governador e prefeito são executivos. E na iniciativa privada são muitos
aqueles que se metem a ser executivos e só aparecem na firma quando ela está
dando lucro. Mas deixa a coisa ficar pesada que ele é o primeiro a correr no
rumo da porta da rua.
Por: Antonio de Pádua para o Portal
Boca do Povo
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