quarta-feira, 20 de maio de 2015

ARTIGO

No caminho da rede pra justificar a preguiça

Agora que o Brasil já está no chão, feito uma sapoti bem madurinha e do chão ninguém passa, eu imagino como é que não deve estar se sentindo a presidente Dilma Rousseff com toda essa situação de seu governo, a cada hora que passa apanhando da Câmara dos Deputados que nem cachorro que mora em apartamento e vendo se fechar em todas as chances de uma recuperação a médio prazo da economia. 

O Brasil, como diria o Paulo Eudes Carneiro, sinceramente, está numa tremenda enrascada. Me lembro de uma história infantil de quando criança ter ouvido de minha primeira professora, em que um elefante morre e depois é carregado pra dentro de um buraco por uma multidão de formigas. E todas elas, puxadas pelas mais briguentas, reacionárias, xiitas, tendo à frente as líderas vão levando cartazes da CUT, da CGT e Força Sindical e vão tomando o rumo do buraco e sem ao menos saberem como vão colocar aquele monstro imenso lá dentro.

É dessa forma que se encontra a atual situação do partido da presidente Dilma Rousseff. Feito as formigas da fábula, famintas, ambiciosas, os olhos maiores que a boca levaram pra dentro do buraco aquele paquiderme imenso porque sabem que terão alimento suficiente por um bom tempo e por várias e várias gerações. E quando terminarem de comer aquela carne toda, a pele e os ossos, as formigas, tidas e havidas como exímias trabalhadoras vão sair de novo à procura de mais uma vítima, de preferência com a mesma consistência e tamanho do elefante.

Mas eu de tanto falar em sapotis maduras e de formigas acabei saindo um pouco do caminho.  Do jeito que está o Brasil e sua presidente com a intenção de um ajuste fiscal de lascar e que a cada hora a gente vai sentindo o laço no pescoço apertando, imagino que têm muitos governadores e prefeitos que estão procurando um muro e se encostando no atual momento de dificuldades pra justificarem moleza e incompetência.

Porque foram governadores e prefeitos agora nos cargos que, acreditavam que a coisa iria ser uma maravilha. Não tinham como titulares, no caso dos que tentavam a reeleição, iniciativas. Trabalhavam única e exclusivamente com recursos e os programas desenvolvidos pelo Governo Federal. Nunca iriam imaginar que a roda iria girar em sentido contrário. E aqueles que estavam tentando as urnas na esperança de levarem de certa forma uma pontinha aqui e outra ali. Esses estão arrenegando o pau da porteira.

É a tal história do sujeito que não pode ver uma rede armada, limpa e cheirosa e já pula dentro de olhos fechados. Serão muitos e muitos os governadores e prefeitos que vão colocar a culpa na crise pra justificar não poderem fazer ou tocar obras. Por aí a gente tira o tipo de executivo que vem dirigir uma empresa. Porque governador e prefeito são executivos. E na iniciativa privada são muitos aqueles que se metem a ser executivos e só aparecem na firma quando ela está dando lucro. Mas deixa a coisa ficar pesada que ele é o primeiro a correr no rumo da porta da rua.

Por: Antonio de Pádua para o Portal Boca do Povo

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