Polícia suíça
pega velhinhos com as calças na mão.
Eu mal
havia levantado da cama e colocado os pés dentro dos chinelos, depois de
comemorar com alguns amigos e minha família a data de meu aniversário de
cinquenta e nove anos, quando fiquei sabendo que o José Maria Marin havia sido
preso em Zurique, na Suíça, juntamente com outros componentes da FIFA, sob a
suspeita de estarem eles há mais de vinte anos usando e abusando de milhões de
torcedores, equipes, jogadores, governos e presidentes de federações de futebol
por esse mundo todo com esse negócio de Copa do Mundo.
Agora está
todo mundo com as calças na mão. E o Brasil, que já anda mais mal falado do que
a Dolores Siera, aquela moça perdida na beira do cais lá em Barcelona, volta ao
topo de mais um escândalo internacional. E a gente imagina aqueles velhinhos
todos, tão bons de procurarem rezar o terço dos homens ali na Igreja de Santo
Expedito pedindo uma boa morte, ao contrário, puxados pelo Joseph Blater, vivem
é correndo o mundo todo e convencendo nações e times de futebol, aliciando
chefes de estado e de governo sobre vantagens desse ou daquele país sediar Copa
do Mundo. Fazendo fortuna com enganação.
E ficam hospedados
nos melhores hotéis calculando os próximos golpes e montando esquemas,
fraudando, aliciando autoridades, políticos e empresários sobre como tirarem
proveito e aumentarem fortunas pessoais e dessas entidades. Porque foi desse
jeitinho mesmo que aconteceu com o Brasil. Era presidente o Lula e me saiu
daqui do Brasil com uma caravana de desocupados, piores do que ele, pra
assistirem a eleição de quem deveria sediar a Copa do Mundo de 2014. E o pior é
que na época todo mundo bateu palmas, menos eu.
E sabe lá
Deus quais foram as vantagens negociadas, mas deu Brasil pra Copa do Mundo de
2014. O Brasil deixou Lula atentando dona Marize em São
Bernardo do Campo e colocou no lugar a dona Dilma Rousseff. E ela se achando a
chefe da estação se encarregou de cumprir o prometido: preparar o Brasil pra
Copa. E aí o Brasil fez a mesma coisa de menino maluvido: ao invés de ir direto
pra escola foi se juntar a outros mais malandros que ele pra jogarem bola no
campinho longe de casa e dos olhos da mãe. E pouco tempo depois, um ano, o
Brasil está à deriva. Á deriva porque deixou de se preocupar com coisas mais
importantes. Foi feito o piolho, foi pela cabeça dos outros.
Por: Antonio de Pádua para o Portal
Boca do Povo
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