terça-feira, 14 de julho de 2015

OPERAÇÃO LAVA JATO

Polícia Federal cumpre mandados de busca e apreensão na casa de Ciro Nogueira
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, divulgou nota sobre apreensão de bens e afirmou que a operação tem como objetivo garantir a apreensão de bens adquiridos com supostas práticas criminosas.

A Polícia Federal cumpre, nesta terça-feira (14), mandados de busca e apreensão nas casas dos senadores Ciro Nogueira e Fernando Collor. Foram confirmadas também buscas nas casas do deputado Eduardo da Fonte (PP-PE), em Brasília, e na casa do ex-ministro e ex-deputado Mário Negromonte (PP-BA), na Bahia.

No Rio de Janeiro, a Polícia Federal realizou buscas no prédio da BR Distribuidora. Também foram alvos das buscas as casas de dois diretores da BR Distribuidora, José Zonis e Luiz Cláudio Caseira Sanches.

O ex-presidente Fernando Collor foi citado na delação premiada do doleiro Alberto Youssef como um dos beneficiários do esquema de corrupção na Petrobras. Ele também foi citado pelo dono da UTC, Ricardo Pessoa, em seu depoimento à Justiça.

Senador Ciro Nogueira
Outro citado por Pessoa foi Ciro Nogueira, que é presidente nacional do PP.

O empreiteiro afirma ter pago R$ 20 milhões a Collor entre 2010 e 2012 em troca da influência do senador em negócios com a BR Distribuidora e R$ 2 milhões a Nogueira.

A operação é chamada pela Polícia Federal de Politeia. Segundo a polícia, a Politeia tem 53 mandados de busca e apreensão para cumprir, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal dentro de seis processos instaurados a partir de provas obtidas na operação Lava Jato.

Politeia é o nome dado pelo filósofo ateniense Platão (428/27 a.C.-348/47 a.C.) à ideia de uma cidade em que as virtudes éticas deveriam imperar sobre a corrupção, como citado em seu clássico "A República".

Cerca de 250 policiais federais participam da ação.

Os 53 mandados são para buscas e apreensões no Distrito Federal (12), e nos estados da Bahia (11), Pernambuco (8), Alagoas (7), Santa Catarina (5), Rio de Janeiro (5) e São Paulo (5). Cerca de 250 policiais federais participam da ação.

As buscas ocorrem na residência de investigados, em seus endereços funcionais, sedes de empresas, em escritórios de advocacia e órgãos públicos.

Em entrevista a Folha de São Paulo, o advogado se Ciro, Antonio Carlos de Almeida Castro disse que a busca era desnecessária.

"O Senador se colocou à disposição, ofereceu seus sigilos, prestou depoimento. Infelizmente no Brasil de hoje os atos invasivos passam a ser a regra", disse.

Procurador-geral da República

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, divulgou nota sobre apreensão de bens e afirmou que a operação tem como objetivo garantir a apreensão de bens adquiridos com supostas práticas criminosas.

""As medidas são necessárias ao esclarecimento dos fatos investigados no âmbito do STF, sendo que algumas se destinaram a garantir a apreensão de bens adquiridos com possível prática criminosa e outras a resguardar provas relevantes que poderiam ser destruídas caso não fossem apreendidas", diz nota.

Segundo o Procurador, as medidas ora executadas refletem uma atuação firme e responsável do Ministério Público Federal em busca dos esclarecimentos dos fatos.

*Com informações da Folha de São Paulo e do G1
Edição: Frank Cardoso (Portal Boca do Povo)

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