terça-feira, 29 de março de 2016

NO VERMELHO

50% dos municípios do PI estão no limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal, diz APPM
“A situação de muitos municípios se agravou porque boa parte dos repasses tanto do Governo Federal como do Estadual vem caindo, ou seja, com a queda dos repasses o nosso índice de pagamento aumentou”, disse o prefeito Ricardo Sales.

Um levantamento da Associação Piauiense dos Municípios (APPM) apontou que, dos 224 municípios piauienses, 115 estão no limite prudencial de gastos com relação à Lei de Responsabilidade Fiscal. Os gestores estariam gastando mais que a lei permite na folha de pagamento dos servidores. Na maioria dos casos, esse problema estaria relacionado ao “inchaço na folha e pagamento” com os servidores comissionados e prestadores de serviço. 

Prefeito de Murici dos Portela, Ricardo Sales (Foto: Reprodução/TV Cidade Verde)
Em entrevista ao Jornal do Piauí desta segunda-feira (28), o presidente da Associação de Municípios da Planície Litorânea, o prefeito de Murici dos Portela, Ricardo Sales, disse que a situação em muitas cidades é caótica. 

“A situação de muitos municípios se agravou porque boa parte dos repasses tanto do Governo Federal como do Estadual vem caindo, ou seja, com a queda dos repasses o nosso índice de pagamento aumentou. Até mesmo os municípios que não contrataram, e que já tem uma lista de efetivos elevada, e com o aumento salarial de outras categorias, também levaram a essa situação”, disse o prefeito.

Ricardo Sales também comentou que os 115 municípios vivem situações particulares e precisam prestar contas no Tribunal de Contas do Piauí. “Com relação ao meu município, eu já herdei uma folha de pagamento inchada. Muitos servidores para pouca lotação. Os ex-prefeitos colocaram os servidores e incharam a folha. Eu preciso justificar tudo isso no TCE”, comentou.

O gestor relatou que precisou cortar gratificações, diárias e o próprio salário para manter a folha de pagamento dos servidores.

“Isso também reflete nos investimentos na cidade porque é preciso deixar de reformar uma escola para garantir a folha de pagamento em dia, pois se você não a mantém irá refletir de forma negativa na economia da cidade já que a maioria das cidades depende exclusivamente da Prefeitura com o pagamento dos servidores”, disse o prefeito.

Edição: Frank Cardoso (Portal Boca do Povo)
Com informações de Solange Sousa (TV Cidade Verde)

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