Professores
substitutos param atividades em dez cidades do PI por atraso de salário
Em cidades, como
Buriti dos Lopes e Esperantina, os professores estão paralisados desde a semana
passada. Categoria reivindica o pagamento dos salários dos meses de fevereiro e
março de 2018.
Professores contratados pelo Estado se mobilizaram
nesta segunda-feira (21) e realizaram paralisações e protestos em diversas
cidades do Piauí. A principal pauta de reivindicação dos professores é o não
pagamento dos salários referentes aos meses de fevereiro e março de 2018.
Algumas escolas tiveram de liberar os alunos e outras estão com funcionamento
incompleto por conta das paralisações.
Os professores substitutos ou contratados não são organizados em um sindicato e usaram as redes sociais para a mobilização. A reportagem do G1 Piauí confirmou a paralisação nas cidades de Parnaíba, Esperantina, Floriano, José de Freitas, Buriti dos Lopes e Teresina. Há informações ainda de professores paralisados em Cocal, Luís Correia, Lagoa Alegre e Caxingó.
A paralisação acontece apenas nesta segunda-feira
(21) nas escolas de Parnaíba,
José de Freitas, Floriano e Teresina. Em outras cidades, como Buriti dos Lopes
e Esperantina, os professores estão paralisados desde a semana passada.
Segundo a Seduc, os professores contratados correspondem a cerca de 30% do total de docentes nas escolas. O Piauí tem 19.276 professores, sendo 13.594 deles efetivos e 5.682 contratados. Em algumas unidades de ensino, os substitutos afirmam compor até 80% do corpo docente.
Segundo o relato dos professores que participam do
movimento, em diversas escolas pelo Piauí os alunos estão tendo no máximo três
aulas nesta segunda (21) por conta da falta dos professores contratados. Parte
dos professores efetivos também aderiu às paralisações.
O movimento acontece de forma independente em cada
cidade. Em José de Freitas os alunos do Ceti (Centro Estadual de Educação e
Tempo Integral) Antônio Freitas assistiram a uma palestra onde os professores
contratados explicaram os motivos da paralisação. Já em Parnaíba, os
professores se uniram para protestar em frente ao prédio da 4ª Gerência
Regional de Educação. Uma reunião foi marcada entre os professores e os
gerentes da GRE para a tarde de segunda-feira.
Salários atrasados
Os professores contratados pelo Estado do Piauí
reivindicam o pagamento dos salários referentes aos meses de fevereiro e março
de 2018. A categoria reclama ainda que não foi paga a gratificação para os
professores que trabalham em escolas de tempo integral.
Os professores foram contratados por meio de um
teste seletivo para receber um salário mínimo para carga horária de 20 horas
semanais, segundo o edital. Com descontos, os professores entrevistados afirmam
terem recebido em 2018 R$ 877 referentes apenas ao mês de abril. Já os
contratados em regime de 40 horas semanais, disseram que recebem salário de R$
1.500. O piso do magistério prevê que o professor efetivo receba R$ 2.455 por
40 horas semanais.
Alguns professores relataram ao G1 que estão sem condições
financeiras de trabalhar. “É o meu caso mesmo. Já tive o fornecimento de água e
energia elétrica da minha casa cortados, tive que fazer um empréstimo para
poder pagar. Estou pagando para trabalhar”, relatou o professor George Sávio,
da cidade de Parnaíba.
Outros afirmaram ainda que sofreram represálias para
que não aderissem ao movimento. “Os professores da zona rural estão sendo
coagidos. Nós da zona urbana pesquisamos bastante e vimos que nós temos direito
a greve, por estarmos com salário atrasado”, disse a professora Inês Machado,
lotada na cidade de Esperantina.
Seduc
A Seduc informou por meio de nota que os professores
receberam o pagamento do mês de abril, e que os meses atrasados serão
regularizados até o final do mês de maio por meio de folha suplementar.
Edição:
Frank Cardoso (Portal Boca do Povo)
Fonte:
G1-PI
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