Chuvas
de março não serão intensas como em fevereiro, diz meteorologia
Para março, a gente tem o início do mês com chuvas, depois, entre os
dias 7 e 12 quase sem chuvas, depois retorna precipitação de novo.
Em fevereiro deste ano
choveu 328,8 milímetros, um resultado 21% maior do que no mesmo período do ano
passado, quando foram registrados 258 milímetros de chuvas. Apesar do
resultado, as previsões meteorológicas apontam que março não deve repetir o
resultado positivo, ficando abaixo da média histórica.
“Foi acima da média histórica em todo o estado
em fevereiro. Ninguém esperava que fosse tanta chuva, mas estava dentro dos
dados de probabilidade. Para março, a gente tem o início do mês com chuvas,
depois, entre os dias 7 e 12 quase sem chuvas, depois retorna precipitação de
novo. No Sul do estado vai diminuindo e depois vai se concentrando na região
Norte. No total, as chuvas devem ficar abaixo da média”, afirmou a
meteorologista da secretaria de meio ambiente, Sônia Feitosa.
De um modo geral,
levando em conta as previsões climáticas, existe uma maior probabilidade que as
chuvas averiguadas em todo o período chuvoso no Piauí e no Nordeste fiquem
abaixo da média histórica.
A Previsão Climática
Sazonal do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações
mostra que, caso se confirmem chuvas até 30% abaixo da média, as consequências
para os reservatórios e agricultura serão intensas.
“A situação hídrica na
maioria dos reservatórios de abastecimento de água do norte da Região Nordeste
não terá recuperação significativa no decorrer do trimestre de FMA/2017. Neste
mesmo cenário, projeta-se impacto severo para a agricultura e a pecuária
durante o período chuvoso principal, com predominância de áreas de seca severa
no interior da região semiárida, principalmente no leste do Piauí, sul do
Ceará, oeste de Pernambuco e centro-norte da Bahia”, diz trecho do documento.
Mesmo que o período
chuvoso fique dentro da média história, ainda assim a estiagem vai continuar
castigando uma enorme área do Nordeste. “O cenário atual não se altera e a seca
atinge 64% da área do semiárido (54% associadas à seca leve ou moderada e 7% à
seca moderada ou extrema). Se o cenário para o próximo trimestre for de chuvas
30% abaixo da média, projeta-se que 68% da área do semiárido serão impactadas
pela seca (57% serão afetadas por seca leve ou moderada e 11% por seca severa
ou extrema)”.
Edição: Frank Cardoso (Portal Boca do Povo)
Fonte: G1/PI
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