Denúncia anônima expõe falta de material e estrutura no HEDA em Parnaíba
Crise no hospital revela uma falha grave na gestão da saúde estadual repassada para gestão de organizações sociais.
Um servidor do Hospital Estadual Dirceu Arcoverde
(HEDA), em Parnaíba, denunciou a grave falta de materiais para curativos e a
precariedade na estrutura da unidade de saúde. Segundo o relato, pacientes com
ferimentos graves estão sem os cuidados adequados devido à ausência de insumos
básicos, como gazes e coberturas para curativos.
O hospital está sendo gerenciado pela organização
social ISAC (Instituto Saúde e Cidadania). O governo afirma que se trata de
contrato de parceria na gestão junto à Secretaria de Estado da Saúde do Piauí.
O Sindicato dos Médicos entende como privatização. Os servidores também. E
reclamam de que muita coisa piorou. Eles reclamam até de que os salários
estariam atrasando regularmente.
O denunciante, que prefere manter sua identidade em
sigilo para evitar retaliações, descreve um cenário alarmante: "Os
pacientes estão com feridas expostas, alguns com 'bichos' nos pés, e não há
material disponível para cobrir os ferimentos. A situação já se arrasta há mais
de uma semana, e não há previsão de reposição."
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Ainda de acordo com a denúncia, a orientação dada
aos acompanhantes dos pacientes é que registrem reclamações na ouvidoria do
hospital. No entanto, a servidora acredita que essa medida não tem surtido
efeito: "Eles já foram orientados a procurar a ouvidoria, mas parece que
ninguém está ouvindo. Tudo na gestão é de fachada."
E enfatiza: "Ora, como é que o governo vai
investigar o próprio governo? A ouvidoria é um órgão da administração estadual,
a serviço da OS. Não tem sentido."
A crise no hospital revela uma falha grave na gestão
da saúde pública e expõe pacientes a riscos de infecções e complicações sérias.
Até o momento, a Secretaria de Saúde do Estado não se pronunciou sobre as
denúncias.
Edição: Frank Cardoso (Portal Boca do
Povo)
Fonte: Debate Piauí /Toni Rodrigues
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