quinta-feira, 15 de maio de 2025

APLAUSOS & SILÊNCIO

O silêncio conveniente da oposição de Buriti dos Lopes: Celebração da penitenciária e omissão sobre obras esportivas abandonadas

Enquanto publicam mensagens de apoio à penitenciária, evitam cobrar publicamente a retomada das obras esportivas, ignorando a insatisfação crescente da população. O silêncio deles não é apenas uma falha política, mas uma traição aos interesses da comunidade que dizem representar. 

No município de Buriti dos Lopes, no norte do Piauí, a população assiste a um contraste gritante entre o entusiasmo de políticos da oposição, aliados do governador Rafael Fonteles (PT), e a realidade de promessas não cumpridas. Enquanto figuras como os ex-vereadores Jaqueline Brito, Zé Filho da Coroa, Everton da Barra e o vereador Juscelino Val celebram nas redes sociais a recente inauguração de uma penitenciária no município, o silêncio desses mesmos políticos sobre as obras esportivas abandonadas pelo governo estadual é ensurdecedor. O Complexo Esportivo na zona urbana e o Estádio de Futebol no povoado Coroa de São Remígio, projetos que deveriam fomentar esporte, lazer e integração comunitária, seguem paralisados, deteriorando-se sob a ação do tempo e da negligência.

A nova penitenciária, embora relevante para a segurança pública, tem sido usada como vitrine política por esses oposicionistas, que fizeram questão de publicar fotos e mensagens exaltando a entrega da obra. No entanto, a ausência de qualquer menção às obras esportivas abandonadas revela uma postura seletiva, que prioriza a propaganda governista em detrimento das reais necessidades da população. 

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Políticos de oposição buritiense celebram a penitenciária / Foto: Reprodução - Instagram

O Complexo Esportivo, anunciado em 2022 com a promessa de ser um espaço para crianças, jovens e adultos, quando não está parado, anda a “passos de jabuti”. A obra, que deveria promover saúde e inclusão social, não avança, segundo relatos, e sofre com a falta de transparência sobre os motivos da paralisação. Da mesma forma, o Estádio de Coroa de São Remígio, projetado para incluir gramado, vestiário, alambrado e arquibancada, está abandonado desde o final de 2024. A paralisação resultou na suspensão da tradicional Copa Coroense, um torneio que movimentava a economia local e unia comunidades, gerando frustração entre os desportistas.

A omissão de Jaqueline Brito, Zé Filho da Coroa, Everton da Barra e Juscelino Val sobre essas obras paralisadas é ainda mais questionável considerando sua proximidade com o governador Rafael Fonteles. Durante a campanha eleitoral de 2024, esses políticos, filiados ou alinhados ao PT e partidos da base governista, receberam apoio direto de Fonteles, que participou de eventos no município. No entanto, a lealdade ao governador parece se traduzir em silêncio diante das falhas de sua administração. Enquanto publicam mensagens de apoio à penitenciária, evitam cobrar publicamente a retomada das obras esportivas, ignorando a insatisfação crescente da população.

Políticos de oposição buritiense celebram a penitenciária / Foto: Reprodução - Instagram

Essa postura levanta suspeitas de conivência com a priorização de investimentos que rendem maior capital político em detrimento de projetos que beneficiariam diretamente a comunidade. A penitenciária, embora necessária, não atende às demandas imediatas de lazer e prevenção à criminalidade por meio do esporte, que poderiam transformar a realidade de jovens buritienses.

A população de Buriti dos Lopes merece mais do que discursos seletivos e omissões convenientes. A entrega da penitenciária não pode servir de cortina de fumaça para encobrir o abandono de projetos que representam a esperança de uma juventude negligenciada. Jaqueline Brito, Zé Filho da Coroa, Everton da Barra e Juscelino Val, como aliados de Rafael Fonteles, têm a obrigação de cobrar do governo estadual a retomada imediata das obras do Complexo Esportivo e do Estádio de Coroa de São Remígio. O silêncio deles não é apenas uma falha política, mas uma traição aos interesses da comunidade que dizem representar.

Por: Frank Cardoso (Portal Boca do Povo)

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