PF deflagra "Operação Tratado de Tordesilhas 2" contra servidores públicos no litoral do PI
De acordo com informações da PF, durante a ação foram cumpridos 14 mandados judiciais de busca e apreensão.
Na manhã desta quinta-feira (06) a Polícia Federal
deflagrou a "Operação Tratado de Tordesilhas 2", para investigar
crimes em detrimento de bens públicos federais no âmbito do Programa de
Regularizações Fundiárias (Reurb), no município de Cajueiro da Praia, litoral
do Piauí.
De acordo com informações da PF, durante a ação
foram cumpridos 14 mandados judiciais de busca e apreensão. Além disso, foram
mobilizados 60 agentes federais foram mobilizados para dar cumprimento às
ordens judiciais em Parnaíba, Cajueiro da Praia, Luís Correia e Teresina.
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Após a operação Tratado de Tordesilhas, que foi
deflagrada em novembro de 2023, a Polícia Federal identificou servidores
públicos de Cajueiro da Praia, envolvidos no recebimento de vantagens indevidas
e na utilização de contas de terceiros para ocultar a origem dos valores
ilegais. Além disso, também foi destacado o envolvimento de funcionários de um
cartório da região, no qual a participação foi essencial para a execução do
esquema criminoso.
As investigações também identificaram um esquema em
que pessoas com baixo poder aquisitivo, na maioria dos casos, idosos, que eram
utilizados para simular posse antiga em terrenos da União.
Essas pessoas simulavam negócios de compra e venda
dessa posse, com o intuito de posteriormente obter a regularização junto à
Secretaria de Patrimônio da União (SPU). O objetivo era ter a posse antiga
reconhecida sob determinada área da União.
Também existe a suspeita de falsificação de
documentos nos processos administrativos, com o objetivo de reconhecer a
regularidade fundiária e permitir os desmembramentos da área da matrícula
original do município.
Após a regularização, os investigados dividiam a
área regularizada e vendiam os novos terrenos com matrículas próprias, com
preços elevados, alcançando uma supervalorização de cerca de 15.000%.
Crimes:
Os investigados podem responder pelos crimes de
organização criminosa, estelionato na modalidade de disposição de coisa alheia
como própria, falsidade ideológica, corrupção ativa, lavagem de dinheiro, entre
outros crimes.
Edição: Frank Cardoso (Portal Boca do
Povo)
Fonte: Lupa1 / Imagens: Divulgação PF
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