Polícia Federal deflagra operação contra o desvio de recursos públicos do Fundeb em cidade do Piauí
Há suspeitas de que os recursos, sem justificativa plausível, tenham sido usados para pagamentos de vantagens indevidas a agentes públicos e políticos.
A Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira (13/03),
a Operação Shallow Grave, com o apoio da Controladoria-Geral da União (CGU),
com o objetivo de desmantelar um esquema criminoso de desvio de recursos
públicos no município de Fartura do Piauí. As verbas desviadas eram
provenientes do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de
Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).
Foram mobilizadas seis equipes policiais, com o
apoio de auditores da CGU, para o cumprimento de sete mandados de busca e
apreensão e de sequestro de bens e valores nas cidades de Teresina/PI, São
Raimundo Nonato/PI e Camaçari/BA. As medidas cautelares foram deferidas pelo
Juíz da 3ª Vara Federal.
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A investigação foi iniciada após a detecção de
movimentações financeiras suspeitas de lavagem de dinheiro, envolvendo o núcleo
empresarial e político da cidade de Fartura do Piauí.
Os investigados teriam utilizado um operador
financeiro/laranja que exerce a função de coveiro no município de São Raimundo
Nonato/PI, para ocultar a origem ilícita dos recursos. Com o objetivo de
garantir o ressarcimento de possíveis danos aos cofres públicos, o juízo
deferiu o sequestro de bens e valores no montante aproximado de R$ 715 mil
reais.
Há suspeitas de que esses recursos, sem
justificativa plausível, tenham sido usados para pagamentos de vantagens
indevidas a agentes públicos e políticos.
As irregularidades investigadas envolvem crimes de
fraude em licitações, desvio de recursos públicos, corrupção ativa e passiva,
lavagem de dinheiro e associação criminosa, cometidos entre 2021 e 2024, com o
uso de recursos federais destinados à educação no município.
As ações de hoje visam interromper a prática
criminosa, reunir provas para fortalecer a investigação e identificar outros
envolvidos, tanto agentes públicos quanto particulares, além de recuperar bens
e ativos adquiridos com os recursos desviados da educação.
Edição: Frank Cardoso (Portal Boca do
Povo)
Fonte: Lupa1
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