sexta-feira, 19 de dezembro de 2025

POLÍTICA

A metamorfose de Gracinha: O adeus à trincheira de Mão Santa e o beija-mão ao PT

Enquanto a deputada se aproxima do governo, as frases históricas de seu pai ecoam como um alerta (ou uma condenação): RELEMBRE! 

PIAUÍ - A política do Piauí presencia um movimento que desafia a lógica e a história. A deputada Gracinha Mão Santa (PP) ensaia sua adesão à base do Governo do PT, abandonando a trincheira que seu pai, o ex-governador Mão Santa, construiu com suor e retórica implacável.

Ao se alinhar ao Palácio de Karnak, Gracinha não muda apenas de partido; ela tenta apagar décadas de um discurso que foi a alma da família Mão Santa. Seria pragmatismo ou o abandono de uma identidade em troca de espaços no poder?

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Governador petista, Rafael Fonteles e a deputada Gracinha Mão Santa.

O SILÊNCIO DAS FRASES QUE MARCARAM O PIAUÍ

Enquanto a deputada se aproxima do governo, as frases históricas de seu pai ecoam como um alerta (ou uma condenação):

"Tem três coisas que só se faz uma vez na vida: nascer, morrer e votar no PT", dizia Mão Santa. Gracinha parece disposta a testar a quarta opção: governar com eles.

"Petista quando não está mentindo, está roubando; quando não está roubando, está mentindo". A frase pesada, marca registrada da retórica do pai, agora paira sobre a mesa de negociações da filha com o Palácio de Karnak.

Ao celebrar vitórias passadas, o ex-prefeito disparava: "Expulsamos os portugueses, agora o PT". Hoje, o movimento de Gracinha sugere um convite de volta.

Mão Santa sempre classificou o PT como "uma desgraça que se instalou no Piauí" e culpava os "escândalos do partido" pela degradação da política nacional. Ver sua principal herdeira política buscar abrigo justamente sob esse guarda-chuva é, no mínimo, uma ironia histórica melancólica.

O RISCO DO ESVAZIAMENTO

Gracinha rasga a bandeira do antipetismo que deu vitória ao seu grupo em 2016. Aliados alertam: o PT costuma "abraçar" adversários até que eles percam sua força e se tornem figurantes.

A pergunta que fica para Parnaíba e para o Piauí: O eleitor que sempre confiou na resistência dos Mão Santa vai aceitar esse "beija-mão" ao governo? O poder vale o preço de enterrar o próprio legado?

Da REDAÇÃO (Portal Boca do Povo)

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