PF realiza operação contra fraudes tributárias envolvendo advogados e servidores públicos; prejuízo de R$ 200 milhões
Segundo a PF, os investigados são suspeitos de corrupção por meio de celebração de contratos de assessoria jurídica com municípios.
A Polícia Federal cumpriu sete mandados de busca e
apreensão em um condomínio da Zona Leste de Teresina, região do bairro Morros,
e na cidade de Mulungu (CE) na manhã desta quinta-feira (14). A operação
investiga advogados e servidores públicos suspeitos de fraudes tributárias e em
licitações em municípios do Piauí, Maranhão e Ceará. O prejuízo é estimado em
R$ 200 milhões.
A operação contou com a participação de 30 policiais
federais e o apoio de auditores da CGU, com o objetivo de colher o material
probatório para instruir o inquérito policial em andamento nas residências e
escritórios profissionais das pessoas investigadas, bem como realizar a
apreensão de bens que possam ser utilizados para ressarcir o prejuízo aos
cofres públicos.
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Segundo a PF, os investigados são suspeitos de corrupção
por meio de celebração de contratos de assessoria jurídica com municípios, com
o suposto objetivo de prestar serviços de levantamento de créditos
previdenciários passíveis de compensação para fraude nas Guias de
Recolhimento do FGTS e de Informações à Previdência Social - GFIP.
"A dinâmica operacional envolve litígio de pelo
menos 80 municípios piauienses contra a Receita Federal e cifras milionárias,
capitaneadas por advogados da capital piauiense, por meio da cooptação de
diversos agentes públicos", informou a PF.
Na sequência, foram identificadas pela CGU uma série
de irregularidades nas contratações dos serviços jurídicos pelos
municípios, especificamente no período de 2014 a 2018, as quais foram
realizadas com recursos públicos federais, causando um prejuízo estimado
de R$ 200 milhões.
A ação é conjunta entre a PF, Ministério Público
Federal e Controladoria Geral da União (CGU) cumpre os mandados expedidos pela
1ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária do Piauí. Os investigados poderão
responder pela prática de crimes tributários, crimes de fraude em licitação e
desvio de recursos públicos.
Edição: Frank Cardoso (Portal Boca do
Povo)
Fonte: G1-PI / Imagens: Divulgação - PF
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