segunda-feira, 15 de setembro de 2025

DENÚNCIA

Câmara de Bom Princípio do Piauí denuncia suspeita de "Lei Fantasma" usada pela gestão do prefeito Apolinário

Até que haja uma decisão definitiva, o caso se tornou o principal debate político da cidade, colocando em xeque a credibilidade da gestão municipal. 

Bom Princípio do Piauí vive dias de turbulência política após a Câmara Municipal denunciar a existência de uma suposta "lei fantasma" usada pela gestão do prefeito Francisco Apolinário Costa Moraes (PSB). A denúncia, que já foi enviada ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas do Estado (TCE), aponta para um esquema de fraude legislativa, favorecimento pessoal e desvio de recursos públicos.

A Lei Municipal nº 108/2019 teria sido publicada no Diário Oficial em 31 de dezembro de 2020, último dia da gestão anterior do prefeito. No entanto, segundo a presidente da Câmara, Noélia Pereira (PSB), a lei nunca teria passado pelo trâmite regular: não foi protocolada, lida, votada ou sancionada em plenário.

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Prefeito Apolinário Moraes

Acusações e supostos beneficiários

A denúncia aponta que a lei, que aumentava salários de nutricionista, psicólogo e agente ambiental, teria sido um arranjo entre o prefeito e seu irmão, Jacinto Moraes, que era o então presidente do Legislativo. Segundo Noélia Pereira, Jacinto teria assinado e carimbado a lei para dar-lhe legalidade, sem a devida votação.

O principal beneficiado seria Ronaldo Campelo Veras, na época vereador e hoje chefe de gabinete da prefeitura. Documentos enviados aos órgãos de controle indicam que Ronaldo estaria recebendo salários mensais de R$ 3.470,00 desde março de 2019 com base na suposta lei, reforçando a suspeita de favorecimento pessoal.

Próximos passos e desdobramentos

As denúncias solicitam a revisão das contas do município entre 2019 e 2025, a suspensão imediata da lei, o fim dos pagamentos indevidos e a responsabilização criminal, cível e administrativa dos envolvidos.

O Ministério Público do Piauí já expediu um ofício à Câmara questionando a possibilidade de um processo político-administrativo contra o prefeito. O TCE, por sua vez, reconheceu a gravidade das acusações e determinou a oitiva das partes antes de tomar qualquer medida cautelar.

Até que haja uma decisão definitiva, o caso se tornou o principal debate político da cidade, colocando em xeque a credibilidade da gestão municipal.

Edição: Da REDAÇÃO (Portal Boca do Povo)

Com informações do Portal Opinião e Notícia

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