Prefeito e ex-vice-prefeita de Bom Princípio do Piauí são indiciados pela Polícia Federal e MP ajuíza ação
O promotor também determinou o envio do caso ao Procurador-Geral de Justiça, já que há autoridades com foro envolvidas.
O Ministério
Público do Piauí (MP-PI) ajuizou uma ação de improbidade administrativa após o
indiciamento da Polícia Federal do prefeito de Bom Princípio, Apolinário
Moraes e a atual secretária de Saúde, Jucilene Campelo Veras.
Segundo
a defesa do prefeito: "O
processo que rege a investigação e o inquérito policial encontra-se suspenso
(sobrestado), por falta de elementos comprobatórios de culpa. O
procedimento iniciado pelo Ministério Público, é apenas uma investigação quanto
a suposta prática do crime de improbidade administrativa, por ser essa apuração
de sua competência, intimou o prefeito para apresentar defesa da
acusação", afirma. (Veja nota na íntegra no final da reportagem)
Apolinário Moraes e
Jucilene Campelo Veras foram investigados na Operação Prato Vazio, deflagrada em
fevereiro de 2024 pela PF. A ação investigou fraudes em
licitações e prejuízo de quase R$ 200 mil em recursos da alimentação escolar.
O promotor Yan
Walter Carvalho Cavalcante, da 1ª Promotoria de Buriti dos Lopes, analisou e
entendeu que houve uma investigação sólida e arquivou a fase preliminar do
procedimento preparatório e determinou o ajuizamento da ação de improbidade
administrativa.
“No presente caso,
entendo que foram esgotadas todas as possibilidades de diligências,
principalmente em razão da sólida e aprofundada investigação realizada
previamente pela Polícia Federal, de modo que DETERMINO: (...) A elaboração da
minuta de ação civil pública por atos de improbidade administrativa e a
certificação nos autos do seu protocolo; cumpra-se com urgência”, diz em trecho
da decisão.
O promotor também
determinou o envio do caso ao Procurador-Geral de Justiça, já que há
autoridades com foro envolvidas.
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Prefeito Apolinário Moraes / Imagem: Divulgação |
Investigação
Segundo a Polícia
Federal, a investigação teve início a partir de informações apresentadas à
Delegacia de Polícia Federal em Parnaíba (DPF/PHB/PI) noticiando fatos
delituosos, envolvendo recursos de merenda escolar no município de Bom
Princípio do Piauí (PI).
A CGU, solicitada a
atuar em conjunto com a DPF/PHB/PI no caso, realizou fiscalização no município,
tendo identificado graves irregularidades na utilização dos recursos do
Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), tanto na contratação da
empresa responsável quanto no fornecimento em si dos gêneros alimentícios, com
prejuízo em razão do pagamento por produtos que não teriam sido fornecidos na
ordem de R$ 196.235,07.
O aprofundamento
das investigações pela DPF/PHB/PI também identificou indícios da ocorrência do
crime de lavagem de dinheiro na movimentação bancária da empresa contratada
para fornecer os gêneros alimentícios.
Nota da
defesa do prefeito
A
DEFESA DE FRANCISCO APOLINARIO COSTA MORAIS, prefeito municipal de Bom
Princípio do Piauí, vem por meio desta se manifestar em resposta a solicitação
da imprensa, sobre um inquérito que o investiga por supostos desvios de merenda
escolar. Insta de logo mencionar que o processo que rege a investigação e o
inquérito policial encontra-se suspenso (sobrestado), por falta de elementos
comprobatórios de culpa.
O
procedimento iniciado pelo Ministério Público, é apenas uma investigação quanto
a suposta prática do crime de improbidade administrativa, por ser essa apuração
de sua competência, intimou o prefeito para apresentar defesa da acusação.
Lembrando sempre que é somente a apuração dos fatos, e que até que se prove o
contrário, o gestor é inocente de todas as acusações a ele imputadas.
Não
havendo até o momento elementos de provas concretas que o levem a ser condenado
por um crime que não cometeu, não pode ser, no entanto, acusado pelos canais da
mídia na forma de antecipação de culpa, levando o investigado a sofrer grande
injustiça. No mais nos colocamos a disposição para quaisquer esclarecimentos.
Bom
Princípio do Piauí, 24 de setembro de 2025.
Magno
Cardoso
Edição: REDAÇÃO (Portal Boca do Povo)
Fonte: Cidade Verde
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