APAGÃO NA SEGURANÇA PÚBLICA: Viaturas da PM param por falta de combustível e colocam o Piauí em risco
O problema não é localizado; ele atinge tanto os batalhões metropolitanos, responsáveis pela segurança das áreas mais densamente povoadas, quanto as grandes cidades do interior.
A segurança pública do Piauí mergulhou em um estado
de emergência silenciosa, com o risco iminente de um "apagão" no
policiamento ostensivo. O que se desenha nos bastidores da Polícia Militar é um
colapso operacional que coloca em xeque a capacidade do Estado de proteger o
cidadão.
A denúncia é grave e parte da própria tropa, de
policiais militares da capital e do interior: há uma contenção severa e
insustentável no fornecimento de combustível para as viaturas. O resultado
imediato e alarmante é a redução do patrulhamento a quase um terço da
capacidade normal. As informações foram divulgadas nesta quarta-feira (22),
pelo jornalista Silas Freire no Portal Encarando.
O retrato da crise é de um cinismo inaceitável: em
vários batalhões, veículos essenciais para a garantia da ordem e o combate ao
crime permanecem inertes, estacionados e inúteis por simples falta de gasolina
ou diesel. Não se trata de problemas mecânicos ou falta de efetivo, mas sim da
ausência do insumo mais básico para a mobilidade policial.
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Essa paralisia tem nome e endereço: a falta de
pagamento a fornecedores. O estrangulamento financeiro travou o abastecimento,
gerando uma apreensão palpável entre oficiais e praças, que veem seu trabalho
comprometido pela ineficiência administrativa.
O problema não é localizado; ele atinge tanto os
batalhões metropolitanos, responsáveis pela segurança das áreas mais densamente
povoadas, quanto as grandes cidades do interior. O efeito prático dessa
escassez é devastador: a ausência da polícia nas ruas é o sinal verde para o
aumento da criminalidade, elevando o risco de assaltos, furtos e crimes mais
violentos.
A PM-PI possui autonomia administrativa, uma
prerrogativa que a obriga a zelar pela operacionalidade de sua tropa. Por isso,
esta coluna não pode se calar e cobra, com urgência, uma postura e providências
imediatas do governo.
O momento é gravíssimo. A segurança da população
está sendo trocada por um déficit de caixa que não pode ser justificativa. O
silêncio da cúpula, diante de viaturas paradas e do policiamento sucateado, não
pode ser o combustível para o caos social. É hora de agir e restabelecer a
capacidade mínima de resposta da PM, antes que o Piauí sofra as consequências
de um apagão que já está nas ruas.
Edição: REDAÇÃO (Portal Boca do Povo)
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