quarta-feira, 22 de outubro de 2025

DESCASO

APAGÃO NA SEGURANÇA PÚBLICA: Viaturas da PM param por falta de combustível e colocam o Piauí em risco

O problema não é localizado; ele atinge tanto os batalhões metropolitanos, responsáveis pela segurança das áreas mais densamente povoadas, quanto as grandes cidades do interior. 

A segurança pública do Piauí mergulhou em um estado de emergência silenciosa, com o risco iminente de um "apagão" no policiamento ostensivo. O que se desenha nos bastidores da Polícia Militar é um colapso operacional que coloca em xeque a capacidade do Estado de proteger o cidadão.

A denúncia é grave e parte da própria tropa, de policiais militares da capital e do interior: há uma contenção severa e insustentável no fornecimento de combustível para as viaturas. O resultado imediato e alarmante é a redução do patrulhamento a quase um terço da capacidade normal. As informações foram divulgadas nesta quarta-feira (22), pelo jornalista Silas Freire no Portal Encarando.

O retrato da crise é de um cinismo inaceitável: em vários batalhões, veículos essenciais para a garantia da ordem e o combate ao crime permanecem inertes, estacionados e inúteis por simples falta de gasolina ou diesel. Não se trata de problemas mecânicos ou falta de efetivo, mas sim da ausência do insumo mais básico para a mobilidade policial.

CLIQUE AQUI e siga o BOCA DO POVO no INSTAGRAM

Essa paralisia tem nome e endereço: a falta de pagamento a fornecedores. O estrangulamento financeiro travou o abastecimento, gerando uma apreensão palpável entre oficiais e praças, que veem seu trabalho comprometido pela ineficiência administrativa.

O problema não é localizado; ele atinge tanto os batalhões metropolitanos, responsáveis pela segurança das áreas mais densamente povoadas, quanto as grandes cidades do interior. O efeito prático dessa escassez é devastador: a ausência da polícia nas ruas é o sinal verde para o aumento da criminalidade, elevando o risco de assaltos, furtos e crimes mais violentos.

A PM-PI possui autonomia administrativa, uma prerrogativa que a obriga a zelar pela operacionalidade de sua tropa. Por isso, esta coluna não pode se calar e cobra, com urgência, uma postura e providências imediatas do governo.

O momento é gravíssimo. A segurança da população está sendo trocada por um déficit de caixa que não pode ser justificativa. O silêncio da cúpula, diante de viaturas paradas e do policiamento sucateado, não pode ser o combustível para o caos social. É hora de agir e restabelecer a capacidade mínima de resposta da PM, antes que o Piauí sofra as consequências de um apagão que já está nas ruas.

Edição: REDAÇÃO (Portal Boca do Povo)

Nenhum comentário: