Sesapi cancela licitação de R$ 40 milhões após escândalo com empresa alvo da Polícia Federal
A repercussão negativa na imprensa e o sentimento de indignação da população piauiense com o envolvimento da empresa em esquemas de corrupção suspeitos adicionaram uma camada de urgência à decisão da Sesapi.
A Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (Sesapi)
revogou a licitação de um pregão milionário que visava a contratação de uma
plataforma de gestão de doenças crônicas para o programa Mais Saúde Piauí. A
decisão, formalizada no Diário Oficial do Estado (DOE) de 3 de outubro, veio
após a empresa declarada vencedora, a Big Data Health, se tornar alvo da Operação
OMNI da Polícia Federal (PF), além de uma intensa pressão e repercussão
negativa tanto na mídia quanto perante a população piauiense.
O certame, avaliado em mais de R$ 40 milhões, tinha
como objetivo a implementação de um sistema para o acompanhamento e tratamento
de condições como hipertensão, diabetes e dislipidemias, e a capacitação de
profissionais da rede pública de saúde para utilizar a ferramenta.
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Investigação e prisões motivaram o ato
A revogação da licitação, por meio do Ato nº 295,
foi uma iniciativa direta do secretário de Saúde, Antônio Luiz. A medida foi
motivada pela deflagração da Operação OMNI, que investiga suspeitas de fraudes
milionárias em contratos públicos na área da saúde.
A situação da Big Data Health se agravou quando a PF
expediu mandados de prisão temporária contra os empresários Bruno Santos Leal
Campos e Nemesio Martins de Castro Neto, ambos ligados à empresa. A revogação
do pregão foi vista como uma resposta necessária diante do escândalo, evitando
que a Sesapi formalizasse um contrato de grande vulto com uma companhia sob
grave investigação criminal.
Pressão social e repercussão
Embora a Big Data Health já tivesse sido declarada
vencedora e os preços homologados, o contrato de prestação de serviços ainda
não havia sido assinado. O cancelamento da licitação, portanto, evitou a
formalização do acordo e ocorreu em um contexto de ampla cobrança pública.
A repercussão negativa na imprensa e o sentimento de
indignação da população piauiense com o envolvimento da empresa em esquemas de
corrupção suspeitos adicionaram uma camada de urgência à decisão da Sesapi. A
postura do governo estadual sinaliza o reconhecimento da gravidade da situação
e o aceno de que pode buscar, futuramente, outra fornecedora que ofereça as
garantias de idoneidade necessárias para atender às demandas do programa de
gerenciamento da saúde no estado.
Da REDAÇÃO (Portal Boca do Povo)

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