domingo, 28 de abril de 2024

IRREGULARIDADES

Juíza determina suspensão de pesquisa eleitoral em Cocal dos Alves; veja o motivo

A decisão judicial resguarda a lisura do processo eleitoral e busca assegurar a transparência e a legitimidade das pesquisas realizadas durante o período eleitoral. 

Na última quarta-feira (24/04), a juíza Ana Carolina Gomes Vilar Pimentel, da 53ª Zona Eleitoral de Cocal, determinou a suspensão da divulgação de uma pesquisa eleitoral registrada pelo Instituto Datamax. A decisão ocorreu após uma representação com pedido de impugnação do registro da pesquisa, apresentada pelo Diretório Municipal do Partido Social Democrático (PSD) da cidade.

A representação, encabeçada pelo presidente municipal do PSD, Antônio Cardoso do Amaral, alegou uma série de irregularidades na pesquisa eleitoral registrada como PI-09959/2024. Entre essas irregularidades, destacam-se a falta de registro da empresa responsável pelo levantamento no Conselho Federal de Estatística (CONFE), a utilização de dados desatualizados do Censo 2010 como parâmetro para a pesquisa, defeitos nos dados estatísticos e a ausência de delimitação geográfica da incidência da pesquisa.

O Ministério Público Eleitoral (MPE) concordou com a representação e solicitou a concessão da tutela de urgência sem a oitiva da parte contrária.

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Cidade de Cocal dos Alves (Imagem: Divulgação)

A juíza, ao analisar o pedido de urgência, fundamentou sua decisão no Novo Código de Processo Civil, destacando a necessidade de elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo para concessão da tutela de urgência. Em sua análise, a magistrada considerou que a falta de delimitação geográfica da pesquisa e a utilização de dados ultrapassados apresentam indícios de irregularidades que justificam a suspensão da divulgação.

A empresa contratada para realizar a pesquisa não apresentou os dados de localização do estudo, infringindo o artigo 2º, IV, da Resolução nº 23.600/2019 do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Além disso, a divulgação de pesquisa fraudulenta é considerada crime, sujeito a multa e detenção, conforme determina o artigo 18 da mesma resolução.

A juíza concedeu a medida liminar de suspensão da divulgação da pesquisa, com base na probabilidade do direito invocado e no perigo de dano ao pleito eleitoral. Os representados pelo Instituto Datamax estão sujeitos a uma multa diária de R$ 1.000,00 (um mil reais) até deliberação posterior do Juízo. A não procedência da pretensão deduzida na exordial implicará na liberação da divulgação dos dados da pesquisa.

Os representados, DATAMAX ME - ROGERIO M. P. MOURA e do SCLM CONSULTORIA E GESTAO EMPRESARIAL LTDA / SCLM CONSULTORIA, serão notificados para suspender imediatamente qualquer divulgação da pesquisa denunciada, com possibilidade de oferecerem defesa no prazo de 2 (dois) dias.

A decisão judicial resguarda a lisura do processo eleitoral e busca assegurar a transparência e a legitimidade das pesquisas realizadas durante o período eleitoral.

Edição: Frank Cardoso (Portal Boca do Povo)

Fonte: 180graus

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