De malas prontas - Mais uma viagem internacional do governador Rafael Fonteles, desta vez com destino à China e Alemanha
Quem sabe, desta vez, o Piauí não será apenas um ponto no mapa de viagem, mas sim um local de destino para investimentos de verdade?
Mais uma vez, o povo piauiense, que já conhece de
cor e salteado o enredo, se depara com a mesma cena: a Assembleia Legislativa
do Piauí (Alepi) dá o aval, a comitiva arruma as malas, e o contribuinte, com o
bolso mais leve, torce para que o "turismo executivo" finalmente
traga algum retorno.
Aeroporto, o grande cartão-postal do
Piauí
As viagens diplomáticas de Rafael Fonteles (PT) já
viraram uma espécie de folclore moderno. São tantas idas e vindas que o Piauí
corre o risco de ser mais conhecido por seus carimbos de passaporte do que por
suas paisagens. A promessa, como sempre, é ambiciosa: negociar o promissor
hidrogênio verde. A ironia? O "promissor" parece ser a palavra-chave,
já que o retorno até agora tem sido, no mínimo, tímido.
A memória do piauiense, aliás, é um arquivo de
promessas e expectativas. Quem não se lembra da inauguração do Porto de Luís
Correia, em dezembro de 2024? O evento, cheio de pompa e circunstância, foi
celebrado como um marco, mas a realidade é que até hoje nenhuma embarcação
atracou por lá. O porto se tornou um monumento à ineficiência.
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Governador Rafael Fonteles / Foto: Divulgação Ccom |
E as lembranças não param por aí. Portugal, por
exemplo, parece ter sido uma espécie de laboratório. O resultado? A instalação
de um escritório em Lisboa, com a promessa de atrair investimentos. Meses se
passaram e o que se viu foi... bem, nada. A única certeza é que a tinta do
contrato secou, mas o caixa do Piauí continua na mesma.
O mesmo enredo se repetiu nos Estados Unidos. Outro
escritório, outra servidora designada para morar lá, e a mesma falta de
resultados concretos. É quase como se o governo estivesse colecionando
escritórios no exterior em vez de investimentos.
De quebra, a esperança
Agora, com as malas apontando para a China e a
Alemanha, o povo piauiense se permite uma ponta de esperança, misturada, claro,
com uma dose de ceticismo. Afinal, a China é a Meca do comércio e a Alemanha é
a locomotiva da Europa. Quem sabe, desta vez, o Piauí não será apenas um ponto
no mapa de viagem, mas sim um local de destino para investimentos de verdade?
Enquanto isso, a comitiva segue a agenda, e o
piauiense, de olho na conta, continua se perguntando: até quando o Piauí vai
ser o cartão-postal de viagens caras, mas com resultados baratos? A resposta,
ao que parece, continua navegando em águas distantes, aguardando o próximo
porto... ou o próximo voo.
Por: Frank Cardoso (Portal Boca do Povo)
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