terça-feira, 26 de agosto de 2025

E TOME VIAGENS

De malas prontas - Mais uma viagem internacional do governador Rafael Fonteles, desta vez com destino à China e Alemanha

Quem sabe, desta vez, o Piauí não será apenas um ponto no mapa de viagem, mas sim um local de destino para investimentos de verdade? 

Mais uma vez, o povo piauiense, que já conhece de cor e salteado o enredo, se depara com a mesma cena: a Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) dá o aval, a comitiva arruma as malas, e o contribuinte, com o bolso mais leve, torce para que o "turismo executivo" finalmente traga algum retorno.

Aeroporto, o grande cartão-postal do Piauí

As viagens diplomáticas de Rafael Fonteles (PT) já viraram uma espécie de folclore moderno. São tantas idas e vindas que o Piauí corre o risco de ser mais conhecido por seus carimbos de passaporte do que por suas paisagens. A promessa, como sempre, é ambiciosa: negociar o promissor hidrogênio verde. A ironia? O "promissor" parece ser a palavra-chave, já que o retorno até agora tem sido, no mínimo, tímido.

A memória do piauiense, aliás, é um arquivo de promessas e expectativas. Quem não se lembra da inauguração do Porto de Luís Correia, em dezembro de 2024? O evento, cheio de pompa e circunstância, foi celebrado como um marco, mas a realidade é que até hoje nenhuma embarcação atracou por lá. O porto se tornou um monumento à ineficiência.

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Governador Rafael Fonteles / Foto: Divulgação Ccom

E as lembranças não param por aí. Portugal, por exemplo, parece ter sido uma espécie de laboratório. O resultado? A instalação de um escritório em Lisboa, com a promessa de atrair investimentos. Meses se passaram e o que se viu foi... bem, nada. A única certeza é que a tinta do contrato secou, mas o caixa do Piauí continua na mesma.

O mesmo enredo se repetiu nos Estados Unidos. Outro escritório, outra servidora designada para morar lá, e a mesma falta de resultados concretos. É quase como se o governo estivesse colecionando escritórios no exterior em vez de investimentos.

De quebra, a esperança

Agora, com as malas apontando para a China e a Alemanha, o povo piauiense se permite uma ponta de esperança, misturada, claro, com uma dose de ceticismo. Afinal, a China é a Meca do comércio e a Alemanha é a locomotiva da Europa. Quem sabe, desta vez, o Piauí não será apenas um ponto no mapa de viagem, mas sim um local de destino para investimentos de verdade?

Enquanto isso, a comitiva segue a agenda, e o piauiense, de olho na conta, continua se perguntando: até quando o Piauí vai ser o cartão-postal de viagens caras, mas com resultados baratos? A resposta, ao que parece, continua navegando em águas distantes, aguardando o próximo porto... ou o próximo voo.

Por: Frank Cardoso (Portal Boca do Povo)

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