Amostras
de DNA que podem elucidar estupro de criança seguem paradas
Criança morreu
de infecção generalizada após estupro, disse perícia. Exame de material
genético pode ser determinante para elucidação do caso.
Mais de 20 dias após a Polícia
Criminal colher amostras de DNA dos suspeitos de estuprar uma criança de 2 anos em Ilha Grande, no litoral do Piauí, o material segue
armazenado no Instituto Médico Legal (IML) de Parnaíba. Sem laboratório no
estado para fazer esse tipo de análise, o caso segue sem conclusão e à espera
da realização do exame.
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Amostras de DNA ainda estão no IML de Parnaíba (Foto: Patrícia Andrade/G1) |
Para a polícia, o principal suspeito de ter
abusado da criança é o próprio pai. A mãe chegou a dizer na delegacia que
desconhecia os abusos. O delegado Igor Gadelha, responsável pelo caso, afirmou
que o resultado do exame de DNA é fundamental para a elucidação do caso. Até a
publicação desta reportagem, ninguém havia sido preso.
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Criança vítima de estupro foi atendida quatro vezes no Heda (Foto: Patrícia Andrade/G1) |
A violência sexual contra o menino somente foi
descoberta após a criança
falecer vítima de uma infecção generalizada. Os médicos constaram uma
necrose no ânus do menino, quadro esse que evoluiu para algo mais grave,
resultando no óbito.
No entanto, conforme denúncias do Conselho
Tutelar, o menino já havia dado entrada outras três vezes no Hospital Dirceu Arcoverde
(Heda), fato esse que, para
o Conselho, configura negligência por parte da unidade de saúde.
Sem previsão para realização dos exames e DNA
Desde o mês de fevereiro deste ano que exames de DNA requisitados para investigações da Polícia Civil do Piauí não são feitos. Segundo a diretora do Instituto de Criminalística do estado, Julieta Castelo Branco, não há dinheiro para aquisição dos kits de realização dos exames e nem para o envio de equipes para o estado do Pernambuco, onde fica o laboratório em que são feitos os procedimentos.
Desde o mês de fevereiro deste ano que exames de DNA requisitados para investigações da Polícia Civil do Piauí não são feitos. Segundo a diretora do Instituto de Criminalística do estado, Julieta Castelo Branco, não há dinheiro para aquisição dos kits de realização dos exames e nem para o envio de equipes para o estado do Pernambuco, onde fica o laboratório em que são feitos os procedimentos.
Com essa realidade, 99% dos casos que necessitam desses
laudos estão parados no Instituto de Criminalística. A denúncia é do
Sindicato dos Peritos Oficiais do Piauí (Sindiperitos-PI).
Edição:
Frank Cardoso (Portal Boca do Povo)
Fonte:
G1-PI
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