Delegado acredita
que "Rei do Delta" não matou a esposa por engano
Em depoimento,
Dielson, que é gerente da loja Clip Turismo, de propriedade de Genilson Veras,
pai de Matheus Portela, afirmou que Edilson Morais Brito marcou uma reunião com
os três no Porto das Barcas às 15h.
O delegado Arthur
Barros Leal, que está respondendo pelo 2º DP de Parnaíba, começou a ouvir as
testemunhas do crime que abalou a população da cidade no final da tarde da
última segunda-feira (24), quando o empresário Morais Brito, mais conhecido
como “Rei do Delta”, tirou a própria vida depois de matar a esposa e o
empresário Matheus Portela a tiros no Porto das Barcas.
Em depoimento, Dielson,
que é gerente da loja Clip Turismo, de propriedade de Genilson Veras, pai de
Matheus Portela, afirmou que Edilson Morais Brito marcou uma reunião com os
três no Porto das Barcas às 15h. Na ocasião, o gerente e o Matheus acompanharam
Edilson até sua loja na presença da esposa Socorro Brito.
Edilson Morais Brito e Socorro |
“A empresa de Edilson Morais Brito tem duas
portas, uma lateral e outra frontal. O pai de Matheus se atrasou e o filho
resolveu participar da reunião juntamente com o gerente. Quando Matheus chegou
no estabelecimento pela entrada da frente ele foi atingido duas vezes pelas
costas. Em seguida Edilson partiu pra cima de Dielson, quando a esposa entrou
no meio e foi atingida com um tiro no pescoço”, contou o delegado que
acrescentou: “Mesmo com a esposa caída no chão, Edilson ainda efetuou outro
disparo em seu peito, então ele não atingiu ela por engano. Depois disso, o
gerente saiu correndo e Edilson foi até a loja ao lado, a Casa do Turismo, que
também é de propriedade de Matheus, e puxou o gatilho contra o gerente, mas a
arma estava sem munição”, completou o delegado.
Ainda de acordo com o
depoimento do gerente Dielson, o delegado conta que após sair da Casa do
Turismo, Edilson recarregou a arma e foi até a Clip Turismo, onde efetuou dois
disparos, mas não chegou a atingir os funcionários, que se refugiaram para o
fundo da loja.
Até o momento o delegado Arthur Barros Leal já ouviu 6 testemunhas, mas ainda deverá ouvir os familiares das vítimas. “A gente entende que os familiares estão muito abalados, mas nós pretendemos ouvi-los também”, explicou.
O delegado ressaltou
que o empresário Edilson Morais Brito premeditou o crime ao marcar a reunião,
levando para o encontro um revólver calibre 38 com cinco munições, além de
outras 17, todas especiais. De acordo com o delegado, o empresário tinha o
porte do revólver desde 1988, mas estava com o registro vencido.
Edição: Frank Cardoso (Portal
Boca do Povo)
FONTE:
BRUNNO SUÊNIO / GP1
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