terça-feira, 22 de novembro de 2011

NOVO JATOBÁ - CARRASCO

Agrovilas devolvem cidadania à população atingida por barragem em Buriti dos Lopes
Representante da Agrovila Novo Jatobá (Carrasco), Zé Arnaldo está contente com a instalação da energia elétrica no local.

Resiliência. Este conceito psicológico emprestado da física, que significa a capacidade concreta do indivíduo superar obstáculos ou resistir à pressão de situações adversas, é o que melhor traduz o sentimento das 1.032 famílias vítimas do rompimento da Barragem Algodões, no município de Cocal da Estação. O dia a dia das pessoas, aos poucos, volta ao normal. A maioria das famílias já está morando nas agrovilas construídas pelo Governo do Estado e demonstra grande esperança em dias melhores.

A tragédia, que ocorreu há dois anos e também atingiu moradores do município de Buriti dos Lopes, apesar de ainda estar muito viva na memória de cada uma das vítimas, aos poucos cede lugar ao sentimento de esperança em dias melhores. Ao todo foram doadas 583 casas e mensalmente é pago o valor aproximado de R$ 58 mil de pensão às famílias vítimas da tragédia.
Zé Arnaldo

A assistente social Luiza Carvalho, da Sasc, que conduz este trabalho de acompanhamento das famílias, diz que a equipe se emociona com a confiança depositada nelas e com a alegria de cada uma das vítimas em recomeçar a vida. “Cada um tem sua história, sofreu impacto diferente e reage de forma diferente, isso é normal. Mas cada um do seu modo, uns mais entusiasmados, outros com recaídas de desânimo e por isso é importante estar aqui do lado, dando apoio, lembrando que a vida não acabou e que eles precisam dar a volta por cima”, afirma.

Representante da Agrovila Novo Jatobá (Carrasco), em Buriti dos Lopes, José Arnaldo Bastos está contente com a instalação da energia elétrica no local. “Esta é mais uma vitória. Dia após dia, vamos vendo as coisas acontecerem. Com casa, com energia, vamos nos sentindo mais vivos, a vontade de lutar reaparece, afinal, não há vencedor sem luta”, desabafou.

Zé Arnaldo (como é mais conhecido) confidenciou que em muitos momentos pensou em desistir, mas o apoio da equipe de psicólogas e assistentes sociais do Governo sempre lhe renovava as esperanças. “A palavra amiga de dona Luiza e das outras meninas da Sasc foi e continua sendo tão importante quanto à ajuda material que recebemos. As perdas significaram muito além do que prejuízos financeiros. Muita gente pensou até em se matar, mas as “meninas” ajudaram a ver outros caminhos para uma nova vida. Elas nos ajudaram a descobrir forças que nem sabíamos que tínhamos. Descobrimos que tínhamos direitos”.
Por e Fotos: Frank Cardoso com informações do ai5piauí.com

2 comentários:

Anônimo disse...

fico muito feliz ao ler essa matéria e saber que aos poucos essas famílias estão retornando as normalidades com suas vidas.
que vocês tenham muitas forças para encarar tudo isso.

KELLY disse...

FICO MUITO FELLZ POR TODOS Q CONSEGUIRAM ESTA GRANDE VITORIA