Universitário é preso suspeito de fingir ser mulher para tirar R$ 70 mil de vítima no Piauí
Segundo o
delegado Matheus Zanatta, gerente de Polícia Especializada, a vítima assistiu a
uma reportagem na TV sobre “estelionato amoroso” e percebeu que
estava caindo em um golpe.
Um universitário de 20 anos do curso de fisioterapia de Parnaíba, litoral do Piauí, que não teve seu nome informado, foi preso nesta terça-feira (11) suspeito de se passar por uma mulher, durante dois anos, e fingir um relacionamento amoroso com um homem de Teresina. Segundo a Polícia Civil do Piauí, ele fez com que a vítima, um homem de 40 anos, se apaixonasse por ele e lhe desse dinheiro. A vítima teve um prejuízo de R$ 70 mil.
O rapaz e um comparsa foram presos na Operação Catfish, da Polícia Civil do Piauí.
Segundo o delegado Matheus Zanatta, gerente de Polícia Especializada, a vítima
assistiu a uma reportagem na TV sobre “estelionato amoroso” e percebeu que estava caindo em um
golpe.
“É muito difícil a vítima denunciar, porque ela
tem vergonha de admitir que acreditou. Já é difícil denunciarem estelionato,
mas estelionato amoroso mais ainda, porque a vergonha é muito grande. Neste
caso, ele percebeu e denunciou, conseguimos identificar o autor e fizemos a
prisão dele e de um colega, que recebia os valores enviados pela vítima em sua
conta bancária”, contou o delegado.
Zanatta, os dois se conheceram em um chat online
quando ambos moravam em Parnaíba. Depois, passaram para um aplicativo de
mensagens e a vítima mudou-se para Teresina. Ao longo desses dois anos, o
suspeito nunca se encontrou com a vítima.
“Ele enviava fotos de uma mulher, fingindo ser
ela, mas eram fotos que ele pegava na internet. Quando foi preso, ele confessou
que tinha esses perfis e que aplicava o golpe assim”, disse.
Durante o período do “relacionamento”, segundo o
delegado, a vítima chegou a fazer mais de 50 depósitos bancários para a
“mulher”. Diante disso, a polícia solicitou à justiça o bloqueio das contas
bancárias e dos veículos dos dois presos.
“É uma forma de tentarmos ressarcir e minimizar um
pouco os prejuízos sofridos pela vítima”, contou.
Segundo ele, esse tipo de golpe, conhecido como
“estelionato do amor” ou “estelionato amoroso”, tem sido bastante comuns no
Brasil, mas as vítimas dificilmente denunciam, por conta do constrangimento
diante da situação.
Catfish
Nas redes sociais, o termo ficou conhecido por
designar a pessoa que finge ser outra para atrair vítimas, amorosamente, com o
intuito de aplicar golpes, em geral financeiros.
Edição:
Frank Cardoso (Portal Boca do Povo)
Fonte: G1
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