SESAPI faz alerta sobre o consumo de peixes e crustáceos contaminados
O Piauí ainda não possui casos confirmados da doença da urina negra. A doença de Haff, causado pela ingestão de peixes ou crustáceos contaminados já foi diagnosticada em pelo menos sete estados brasileiros.
A Secretaria de Estado da Saúde, através do Centro
de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde do Piauí (CIEVS-PI),
publicou nota alertando a população sobre o crescente número de casos suspeitos
de Doença de Haff/urina preta em alguns estados da Federação. A nota é de cunho
informativo, uma vez que o Piauí não registra nenhum caso suspeito ou
confirmado da doença.
A doença de Haff, causado pela ingestão de peixes
ou crustáceos contaminados, deixa a urina com coloração escura, provoca dores
musculares e insuficiência renal, já foi diagnosticada em pelo menos sete
Estados brasileiros, dentre eles Amazonas, Bahia, Ceará e Pará. Os sintomas
aparecem de duas a 24 horas após o consumo dos alimentos contaminados.
De acordo com a nota do Cievs, a contaminação se
dá por meio de uma toxina que pode ser encontrada em peixes como o tambaqui,
badejo, piratinga, arabaiana ou em crustáceos, como a lagosta, caranguejo e o
camarão. A toxina, sem cheiro e sem sabor, surge quando o peixe não é guardado
e acondicionado de maneira adequada.
Segundo a coordenadora de Epidemiologia da Sesapi,
Amélia Costa, o Cievs está monitorando os casos ocorridos em outros estados com
o objetivo de antecipar as ações com maior eficiência em prol da segurança
alimentar da população piauiense. De acordo com a coordenadora, o pescado
proveniente de empreendimentos que promovam boas práticas de manejo e
manipulação, tanto na produção, quanto na sua comercialização, não representam
riscos.
No entanto, a epidemiologista alerta que é
importante o consumidor observar a forma que o pescado está acondicionado.
“Esses alimentos devem sempre ser guardados em baixa temperatura, e consumidos
o mais breve possível após sua compra, evitando deixá-los muito tempo na
geladeira, já que as condições sanitárias são importantes para evitar
contaminação”, garante Amélia Costa.
Edição:
Frank Cardoso (Portal Boca do Povo)
Fonte: ASCOM/Sesapi
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