quarta-feira, 2 de outubro de 2013

MOBILIZAÇÃO

Crescimento da renda faz dezenas de famílias abandonarem o Bolsa Família em Caxingó
Famílias declararam voluntariamente que ultrapassaram a renda limite de R$ 140 por pessoa, revela Governo Federal.

Dados divulgados pelo ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) mostram que 40.764 famílias abriram mão do Bolsa Família no Piauí. Elas declararam voluntariamente que ultrapassaram a renda limite de R$ 140 por pessoa e decidiram se desligar do Programa. Os dados abrangem todo o período de existência do Bolsa Família até fevereiro de 2013.

Em Teresina, 7.226 famílias resolveram se desligar do programa. “O Bolsa Família é uma renda boa, mas você não pode se conformar. Tem que buscar outro rumo”, afirma a servidora pública Cleudiane Sousa, 27 anos, da cidade de Caxingó, Norte do estado. Trabalhando agora em um posto de saúde no município, Cleudiane recebia o benefício há quatro anos e resolveu abdicar da quantia mensal depois que passou em um concurso público.

“O benefício era bom, mas nada comparado com o meu salário”, afirma a servidora que tem um filho de quatro anos e já trabalhou como ajudante no recadastramento de famílias no Programa. “Como eu já trabalhei no recadastramento, eu tinha consciência de que eu tinha que sair para dar lugar para outra pessoa que precisasse”, completa.

Além de Cleudiane, mais 69 pessoas se desligaram voluntariamente do Bolsa Família em Caxingó, município de 4.809 habitantes, situado a pouco mais de 300 quilômetros da capital Teresina.

Para Francisca Santos, secretária municipal de Assistência Social de Caxingó, o número alto de desligamento voluntário na cidade está ligado ao resultado de um concurso público e ao aumento de número de aposentados. Além disso, Francisca destaca o trabalho de conscientização feito pela secretaria. “A gente fez uma mobilização. Chamávamos as famílias que descobríamos que estavam acima do nível financeiro para conversarmos. Fizemos visitas direto nas casas e funcionou”, afirma a secretária.

Edição: Frank Cardoso (Portal Boca do Povo) / Fonte: O Dia

Um comentário:

Manoel Messias Brasilia df disse...

consciencia e honestidade.quando a pessoa reconhece,que nao precisa de benesse,que eh capaz e tem dignidade.o melhor seria,que nao existissem,esses programas sociais,mas sim politicas publicas,voltadas para a educaçao e qualificaçao das pessoas.pois em um futuro proximo,ninguem ficaria atrelado ou dependente de programas eleitoreiros de politicos oportunistas,inescrupulosos e tendenciosos.pao suado traz conforto e fartura a nossa mesa.