CAXINGÓ VOLTA AOS TEMPOS DO LATA D'ÁGUA NA CABEÇA

Eletrobras corta energia de Associação e Caxingó já está 24 horas sem água

O causador de tantos transtornos é a falta de pagamento dos talões de energia da Associação de Moradores que é responsável pelo abastecimento d’água na sede do município.

Prédio da Associação

Desde a manhã de ontem (29) que a cidade de Caxingó está sem abastecimento de água. Na manhã desta sexta-feira (30), a cidade completou 24 horas sem o líquido precioso. O causador de tantos transtornos é a falta de pagamento dos talões de energia da Associação de Moradores que é responsável pelo abastecimento d’água na sede do município.

Segundo informações de populares que ligaram para a redação do Portal Boca do Povo, uma equipe da Eletrobras-PI esteve ontem em Caxingó e cortou a energia do prédio da Associação onde está localizada a caixa d’água e ‘bomba de puxar água’ da cidade, o que impossibilita a chegada do líquido nas torneiras.

Desde o início da semana que a população vem sofrendo com a falta d’água. Primeiro foi à bomba que queimou e deixou a cidade dois dias sem água. Concertaram a bomba e agora foi à energia do prédio da Associação que foi cortada. A expectativa da população é que a Prefeitura em conjunto com a Associação procure solucionar o problema o mais rápido possível, pois, caso o pagamento não seja efetuado até o meio dia de hoje, a população passará todo o final de semana sem água.

Bomba que fica no meio do rio pra puxar à água até a cidade

Os constantes cortes no abastecimento da cidade já são uma constante. Todos sofrem com essa situação; desde aqueles que possuem reservatórios e, principalmente, a população de baixa renda que tem poucas alternativas num momento como esse. A Prefeitura fez uma ‘gambiarra’ no ano passado para puxar água do rio para a cidade, só que não ofereceu nenhum tratamento e a água é imprópria para o consumo. Sem falar que a bomba não tem força para puxar a água e vive dando problema.


Hoje a situação em Caxingó é a seguinte: quem tem dinheiro compra água de vendedores que vão buscar num povoado distante 5 km da sede do município. Quem não tem, bebe a água do rio ou então uma água com um alto teor de sal que sai nas torneiras. E agora por último a população local está tendo que andar mais de 3 km até a beira do rio para tomar banho. O certo é que os tempos já foram melhores por aqueles lados.

Por: Frank Cardoso / Fotos: Gil Rodrigues (Portal Boca do Povo)