Não sei como criar novos empregos, diz Lula
Ex-presidente discorria sobre 'avanços tecnológicos'. A afirmação foi proferida em um evento com lideranças do Movimento Sem-Terra (MST) em São Paulo.
O ex-presidente Lula (PT) disse não saber
como criar novos empregos em um eventual novo mandato presidencial. A afirmação
foi proferida em um evento com lideranças do Movimento Sem-Terra (MST), na
quarta-feira (14), em São Paulo.
“Os avanços tecnológicos não estão criando novos
empregos”, disse o petista. “Eles criam mais produtividade, mais riqueza e mais
condições de ganhar dinheiro, mas vão diminuindo a quantidade de pessoas que
fazem trabalhos manuais. Como não podemos brigar com os avanços tecnológicos,
porque, ainda que eles tirem os empregos, são responsáveis por criar inúmeras
facilidades, nós temos que discutir como criar trabalho para o povo brasileiro.
Como vamos criar novos empregos? Eu não sei como fazer.”
“A única coisa que eu sei é que estou voltando a
concorrer a uma eleição presidencial porque precisamos fazer esse país voltar a
ser feliz”, completou. “Todos sabem que eu vou criar um Ministério do
Desenvolvimento Agrário, nós vamos ter o Ministério das Pequenas Empresa.”
Criação de ministérios
Em entrevista ao UOL em julho deste
ano, além dos possíveis novos órgãos voltados ao desenvolvimento agrário e
pequenas empresas, Lula disse que pretende criar o Ministério de Causas
Indígenas, do Planejamento, da Igualdade Social, entre outras pastas em um
eventual novo mandato.
“Vou recriar o Ministério da Pesca e criar o de
Causas Indígenas, que terá que ter um índio no ministério”, reafirmou. “Não
precisa ser um branco de terno e gravata. Vou recriar ministérios que existiam
no meu governo. Um país do tamanho do Brasil não pode deixar de ter um
Ministério do Planejamento. Esse país tem que ser planejado de curto, médio e
longo prazo. Esse país tem que ter uma prateleira de projetos feitos pelo
Ministério do Planejamento.”
“Vamos criar ministérios necessários, porque, quando
coloca uma coisa importante, como cultura, no lugar secundário, você não está
dando importância”, afirmou. “Cultura vai ser muito importante. Vamos criar
comitês estaduais para ver se consegue nacionalizar cultura.”
Edição: Frank Cardoso (Portal Boca do
Povo)
Fonte: Revista Oeste
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