Assembleia Legislativa do Piauí está entre as três piores casas legislativas do Brasil; aponta Transparência Internacional
Ao todo, o estudo considerou 62 indicadores para definir pontuação entre 0 e 100. O legislativo do Acre obteve 14,4 pontos. A assembleia do Amapá, 18, e a do Piauí, 19.
A Assembleia Legislativa do Acre ficou em último
lugar no ranking da Transparência Internacional, que avalia o trabalho das
casas legislativas dos 26 estados e do Distrito Federal. Os legislativos do
Amapá e do Piauí também estão no pé da lista (veja abaixo) e recebam a
classificação “péssimo” no estudo.
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Para elaborar o chamado Índice de Transparência e
Governança Pública (ITGP), que será divulgado nesta quinta-feira (25), os
pesquisadores levaram em conta informações como o uso de cotas parlamentares,
viagens oficiais, normas de regulação do lobby, presença de deputados em
plenário e salários pagos a servidores e aos próprios deputados.
Ao todo, o estudo considerou 62 indicadores para
definir pontuação entre 0 e 100. O legislativo do Acre obteve 14,4 pontos. A
assembleia do Amapá, 18, e a do Piauí, 19. A CNN contactou a
direção das três casas legislativas, mas não obteve retorno.
Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi). — Foto: Catarina Costa |
O levantamento também classifica os legislativos,
com base na nota, em “ótimo”, “bom”, “regular”, “ruim” e “péssimo”. Nenhum
deles obteve a classificação máxima. No entanto, a Câmara Legislativa do
Distrito Federal e as assembleias do Espírito Santo, Minas Gerais e Ceará
conseguiram pontuação para serem avaliadas em “bom”.
Para o gerente de programas da Transparência
Internacional no Brasil, Renato Morgado, o resultado da pesquisa mostra o
tamanho do estado ou seu desenvolvimento econômico não têm relação com a
transparência e boa governança dos órgãos avaliados.
“Estados pequenos conseguiram melhores resultados que estados grandes e mais ricos. Isso demonstra que, mais do que recursos financeiros, é necessário vontade política para implementar medidas que vão aproximar os cidadãos dos seus deputados. As mesas diretoras das assembleias que assumiram no início desse ano nas novas legislaturas estaduais possuem uma grande oportunidade de promover avanços em seus mandatos”, explica.
No estudo, foram avaliados ainda os mecanismos de
participação dos cidadãos nas assembleias legislativas. Segundo o relatório, 7
não possibilitam que a população faça denúncias de corrupção pela internet. E
mais: foi constatado que nenhum legislativo estadual, incluindo o do DF, prevê
medidas para proteção de denunciantes de corrupção.
“É preocupante. Outro estudo da Transparência
Internacional, revela que 69% das pessoas acreditam que podem sofrer
retaliações se denunciarem casos de corrupção. Para combater a corrupção, as
assembleias legislativas precisam proteger quem denuncia injustiças e
irregularidades através de mecanismos que garantam proteção contra
retaliações”, afirma Nicole Verillo, gerente de apoio e incidência
anticorrupção da Transparência Internacional no Brasil.
Edição: Frank Cardoso (Portal Boca do
Povo)
Com informações de Leonardo Ribeiro (CNN - Brasil)
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